O jornalista Pedro Oswaldo Nastri, diretor CRRP da Associação Paulista de Imprensa (API), recebeu nesta sexta-feira, 28/01, a homenagem “Profissional de Imprensa 2010” do Fórum São Paulo de Desenvolvimento, pela sua incansável luta em prol aos direitos da criança e adolescente.
O Fórum São Paulo existe há seis anos e tem como meta a promoção do desenvolvimento das regiões da Grande São Paulo. Sua missão é direcionada pela idéia de propor e executar projetos de desenvolvimento econômico social de forma integrada, capazes de resgatar a cidadania, combater a pobreza e a exclusão social, promover o desenvolvimento cultural, a apropriação racional dos recursos naturais e a efetiva melhoria da qualidade de vida das pessoas. A escolha dos vencedores do prêmio é feita através da internet por meio de uma lista com seis mil nomes que votam nos indicados.
Pedro Nastri, como é conhecido nos meios de comunicação, tem uma atuação relevante na divulgação do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente, em especial o que tange aos alunos da rede pública de ensino. Como presidente do GRAERP – Grupo de Auxílio ao Estudante da Rede Pública – o jornalista vem criando ações de educação ambiental, disseminando, assim, a preocupação quanto à preservação do meio ambiente, junto à comunidade estudantil da cidade de São Paulo.
A cidade conta com cerca de 2,5 milhões de alunos matriculados na rede pública. Além de construir uma nova consciência ambiental, os projetos criados pelo jornalista Pedro Nastri cria mecanismo para levar às APMs – Associações de Pais e Mestres – uma forma criativa de captar recursos para aplicações nas necessidades básicas do dia-a-dia destes estudantes.
Nascido à 29 de junho de 1956, no bairro do Brás cursou o Grupo Escolar "Eduardo Prado" por volta de 1964. Fez o ginásio e colégio, hoje equivalente ao ensino médio, no Colégio Anne Frank e mais tarde ingressou no Colégio Equipe Vestibulares, onde participou ativamente dos movimentos estudantis, na época da ditadura militar, confeccionando jornais clandestinos que seriam distribuídos em escolas e cursinhos.
Preso em 1975 pelo Grupo de Repressão, foi conduzido ao DOPS para averiguação de subversão. Logo após passar por uma revista do então delegado Dulcídio Wanderley Boschilla, que mais tarde viria a ser o tão polêmico arbitro de futebol, foi dispensado na condição de não mais fazer parte destes grupos ditos "agitadores".
Preso em 22 de setembro de 1977, por participar do ato de refundação da UNE na PUC Pontifícia Universidade Católica, onde quase 3 mil policiais civis e militares comandados pelo então Secretário de Segurança Pública Coronel Erasmo Dias, reprimiram as manifestações do estudantes ali reunidos. Muitos saíram queimados devido ao uso de bombas de fósforo. Cerca de 1.100 estudantes foram presos.
Pedro Nastri participou, também, do movimento poético na época do "Grupo Poetasia", no início dos anos 80, grupo este que lançou, do alto de alguns prédios da Avenida Paulista, a chuva de poesias.Colaborou na confecção do Jornal Lira Paulistana, marco da revolução cultural daquela época e que tinha sua redação em um porão da Rua Teodoro Sampaio, além de funcionar como um teatro, abrigando shows com artistas de vanguarda; Com o "Micro Jornal", publicação irreverente que era vendido em cafés; Shopping News, City News e Jornal da Semana, publicações de propriedade do DCI - Diário do Comércio e Industria, ainda localizado na Rua Almeida Lima; Notícias Populares, Folha da Tarde e Cidade de Santos, títulos de propriedade da Fola de São Paulo; Popular da Tarde de propriedade do extinto Diário Popular; Folha de Esportes, o primeiro jornal de esportes amador, distribuído gratuitamente na Capital de São Paulo.
Escreveu algumas peças teatrais, que foram encenadas em auditórios confinados; além de participar e organizar grupos de jovens em paróquias católicas com o propósito de organizar os movimentos estudantis.
Hoje, além de atuar na área jornalística, exerce o cargo de Diretor Cultural da A.P.I Associação Paulista de Imprensa e Diretor U.B.I União Brasileira de Imprensa
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