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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PINTEX


PINTEX


Há trinta e sete anos contente, trabalhava.

Como desenhista nesta empresa de publicidade

Divertia muito, mas o salário que eu ganhava.

Era pouco, no entanto ali eu tinha felicidade.


Não existia computador para dar um jeitinho

Tinha que ser artista para trabalhar neste lugar

Certa vez trouxeram-me um pão bem quentinho

E pediram para desenhar antes de ele esfriar


Trabalhava com vários produtos ao vivo e a cores

Como aquele pão que foi rapidamente fatiado

Conheci dois artistas que foram meus professores

Um pintor da Rússia e outro da Estónia, renomados.


Viktor, para ele na Rússia todos tiravam o chapéu

E o Ari, os estonianos dele tinham muito orgulho

Ajudaram-me na terra e hoje me ajudam do céu

Neste passado feliz de cabeça hoje eu mergulho


O Sr. Máximo era o nosso contato com os clientes

Graças ao seu esforço ele garantia o nosso salário

Sempre de terno e gravata, guardo-o na mente

Fazia jus ao nome, este ser humano extraordinário


O dono da empresa era o saudoso “seu Vicente”

Tinha um grande coração que não cabia no peito

Como se fossemos seus filhos, ele tratava a gente

Em troca recebia dos colaboradores muito respeito


Pintex era o nome deste lugar encantado e mágico

Ali deixei muitos amigos que eram como irmãos

Esta grande empresa não merece um fim trágico

Peço a Deus que sobre ela estenda as Suas mãos


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